Best*

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A dor que para sempre vou sentir


Quando menos esperas,

A morte aparece,

Choras e desesperas,

Porque tens receio de não puder fazer o que te apetece?


Pensa então no passado,

E o que podes fazer no futuro,

O teu presente é simplesmente o teu passado espelhado,

Se tens medo é porque ele foi obscuro.


Se por tanto mal fizeste,

Porque esperas para o limpar,

Mete as mão a obra, mexe-te,

E um futuro risonho a partir desde momento podes começar a desenhar.


Quem sou eu para destas coisas falar?

Sou apenas o ser que relata esta história,

Porque nela este mesmo menino teve a divagar,

E até hoje deseja imensamente a glória,

E assim aos poucos e poucos a vou conquistar.


Passava dias agarrado ao papel,

Rabiscando o que no passado fiz e não concretizei,

Quando eu menos esperava ser o ser fiel,

As memorias do passado,

Rebusquei,

E passei-as para o papel e muitas almas conquistei,

Sou um ser respeitado,

Não pelo que fiz no passado,

Mas pelas desculpas que hoje pedi e não hesitei,

Aos poucos e poucos os corações ia conquistando,

Pelas provas que um dia mudei,

São o reflexo de quem sofreu no passado e no presente ainda se vai notando,

As lágrimas ensopadas no meu lenço que um dia guardei,

São simples orações,

De quem foram os corações,

Que o meu sangue sempre foi derramando.


As lágrimas escorrem,

E os ventos passam,

Os corações não escolhem,

E as metes não se safam,

As almas são imunes,

As bocas alheias,

A nossa gloria é o cume,

Das nossas enormes ideias.


Estou apaixonado,

E não posso desmentir,

O meu coração está magoado,

E dor para sempre vou sentir,

A minha alma está sóbria, olha, e sente-me estupefacto,

Porque nunca a minha morte vou digerir,

Ao não ser equacionado,

Quando um dia eu quiser partir.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

os sonhos que nunca agarrei


Cuspo,
Não culpo,
O que um dia devíamos ter silenciado,
Culpo,
Ou desculpo,
Apenas eu sei,
Como geri a minha vida,
Em que um dia fiquei estupefacto.

Passo as paginas,
E nem sei por onde começar,
São como garotas impávidas,
São tão importantes,
Que passo por elas sem respirar.

O meu coração conquistasse,
Não é fazer o meu cérebro descarrilar,
Porque ainda sou homem de aguentar,
Só quando for dado como óbito,
É que vou descansar,
Luto pelos objectivos,
Que à 20 anos lutava.

A minha história?
Digam qual a vossa opinião!
Se obtive a glória?
Digo-vos já que não.
Fui sempre um mero sonhador,
De enormes sonhos,
E pequeninos pesadelos,
Grande provocador,
De grandes abismos e epicentros.

Sonhava ser jogador,
Não fui habilidoso,
Sonhava ser cantor,
Tive a voz de um ser rancoroso,
Quis ser o poeta,
Que sem tinta escrevia,
O que sentia com ou sem emoção,
As lágrimas que do meu rosto escorriam,
Era o inicio de uma nova Nação.

Lembro de em pequeno,
Os sonhos que eu relatava,
Eram tantos e sem pesadelos,
Dizia sempre que os conquistava,
Lutava?
Nem por isso,
Os meus sonhos manuseava,
Ou o risco de os concretizar,
Eram simplesmente um imprevisto,
E uma nova era de encantar.


Tocava no céu as vezes que me apetecia,
Era miúdo,
Correr era o que mais queria,
Chutos e mais chutos era o viver de um miúdo que não sabia,
Que a vida futura iria ser duro,
Mas nunca compreendi,
Tantas as vezes que os meus pais me ralhavam,
E eu dizia simplesmente “entendi”,
No inicio gozava,
E agora por fim me arrependi,
Que a vida não é fácil,
Mas mesmo assim,
Continuarei sempre a sorrir.

Hoje sou presente,
E o passado passou,
Muitos pensam que sou delinquente,
Apenas aprecio o que sou,
Sou dupla personalidade,
Mas uma delas nunca me cativou,
Ser mau e fervoroso,
É o feitio que nunca me motivou,
Por vezes queria ser mais amigo,
Mais verdadeiro,
Pareço mais parecido com um inimigo,
O desordeiro.

Choro pelo que sou,
Mas as lágrimas não limpam o passado que este menino desenhou,
Pondo mesmo só as claves,
E os sois em papel,
A tinta não vista era a chave,
Para o meu futuro fiel.