Best*

segunda-feira, 14 de junho de 2010

os sonhos que nunca agarrei


Cuspo,
Não culpo,
O que um dia devíamos ter silenciado,
Culpo,
Ou desculpo,
Apenas eu sei,
Como geri a minha vida,
Em que um dia fiquei estupefacto.

Passo as paginas,
E nem sei por onde começar,
São como garotas impávidas,
São tão importantes,
Que passo por elas sem respirar.

O meu coração conquistasse,
Não é fazer o meu cérebro descarrilar,
Porque ainda sou homem de aguentar,
Só quando for dado como óbito,
É que vou descansar,
Luto pelos objectivos,
Que à 20 anos lutava.

A minha história?
Digam qual a vossa opinião!
Se obtive a glória?
Digo-vos já que não.
Fui sempre um mero sonhador,
De enormes sonhos,
E pequeninos pesadelos,
Grande provocador,
De grandes abismos e epicentros.

Sonhava ser jogador,
Não fui habilidoso,
Sonhava ser cantor,
Tive a voz de um ser rancoroso,
Quis ser o poeta,
Que sem tinta escrevia,
O que sentia com ou sem emoção,
As lágrimas que do meu rosto escorriam,
Era o inicio de uma nova Nação.

Lembro de em pequeno,
Os sonhos que eu relatava,
Eram tantos e sem pesadelos,
Dizia sempre que os conquistava,
Lutava?
Nem por isso,
Os meus sonhos manuseava,
Ou o risco de os concretizar,
Eram simplesmente um imprevisto,
E uma nova era de encantar.


Tocava no céu as vezes que me apetecia,
Era miúdo,
Correr era o que mais queria,
Chutos e mais chutos era o viver de um miúdo que não sabia,
Que a vida futura iria ser duro,
Mas nunca compreendi,
Tantas as vezes que os meus pais me ralhavam,
E eu dizia simplesmente “entendi”,
No inicio gozava,
E agora por fim me arrependi,
Que a vida não é fácil,
Mas mesmo assim,
Continuarei sempre a sorrir.

Hoje sou presente,
E o passado passou,
Muitos pensam que sou delinquente,
Apenas aprecio o que sou,
Sou dupla personalidade,
Mas uma delas nunca me cativou,
Ser mau e fervoroso,
É o feitio que nunca me motivou,
Por vezes queria ser mais amigo,
Mais verdadeiro,
Pareço mais parecido com um inimigo,
O desordeiro.

Choro pelo que sou,
Mas as lágrimas não limpam o passado que este menino desenhou,
Pondo mesmo só as claves,
E os sois em papel,
A tinta não vista era a chave,
Para o meu futuro fiel.


4 comentários:

Anónimo disse...

Está tão bonito , continua :)**

Galvas disse...

Muito bom sem dúvida!
Continua meu amigo!

faria disse...

a noite é longa e a morte é certa

allstc x3 disse...

fantástico *.*